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O presidente da coligação eleitoral CASA-CE, André Mendes de Carvalho "Miau", anunciou ontem a renúncia do cargo, mas prometeu continuar a trabalhar para o grupo parlamentar da terceira força política em Angola.

André Mendes de Carvalho "Miau", que esteve menos de dois anos no cargo, disse esta sexta-feira (05.02), numa conferência de imprensa, em Luanda, que foi alvo de uma "conspiração" levada a cabo pelos líderes de quatro partidos que o convidaram a liderar a coligação depois do afastamento de Abel Chivukuvuku, em fevereiro de 2019.

O político diz que deixa a liderança da coligação de "consciência tranquila" e garante que continuará a representar a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) na Assembleia Nacional, onde é deputado. 

"Mandei uma carta aos quatro líderes dos partidos, dizendo que vou pôr o cargo à disposição do Colégio Presidencial, e praticamente sinto já que não sou presidente da CASA-CE. Continuo a ser militante. Serei um elemento do grupo parlamentar da CASA-CE."

Demissão já era esperada



No início desta semana, a destituição de Mendes de Carvalho já era dada como certa. A CASA-CE entrou em "letargia" com "Miau" na presidência, disse  em entrevista à DW África Simão Makazo, o líder do Partido Democrático para o Progresso e Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA), que integra a coligação. 

Por isso, justificou, já estava na hora de destituir o líder da CASA-CE para dar lugar a alguém que possa "a breve trecho" trazer "dinamismo" e "alavancar" a força política.

"Essa lamentação dos militantes obrigou a direção da CASA-CE a pedir a demissão do presidente 'Miau', para ser substituído por um outro", afirmou Makazo.

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