perceber que uma paciente com Covid-19 intubada estava com as mãos geladas, uma técnica de enfermagem e uma enfermeira de São Carlos (a 232 km de São Paulo) começaram a pensar em algo para amenizar o desconforto da mulher.
Coincidência, ambas tinham visto momentos antes uma colega de outro estado propor o uso de luvas cirúrgicas com água morna para situações semelhantes.
Correram, encheram duas luvas com água morna, amarraram os punhos e colocaram uma das mãos da paciente entre as luvas cheias de água.
Disseram ter percebido sensação de alívio da mulher intubada e a técnica viralizou e passou a ser utilizada com pacientes diagnosticados com a doença na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Prado, onde trabalham.
“Vi a ideia no horário de almoço e, quando voltei para trabalhar na sala de urgência, uma colega disse a mesma coisa.
Só falei ‘não acredito, vamos fazer’, de tanta coincidência." Fizemos tudo juntas”, disse a técnica em enfermagem Semei Araújo Cunha, 46, que passou a adotar o método junto com a enfermeira Vanessa Formenton.
Quando acabamos de colocar, dissemos ‘olha que legal’. Sentimos um aconchego, parece que ela falava com os olhos, mesmo intubada. Colocamos as luvas na mãozinha dela e ficamos passando a mão no rosto dela.
Era uma forma de carinho, não só físico, mas também emocional. Não é só medicamento, higiene ou alimentação que ajudam. O paciente não está ali por querer, mas por precisar.
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É preciso ter empatia❤️
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