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 A ação que acusa a Google de rastrear usuários mesmo em guia anônima não deve acabar tão cedo. Isso porque a juíza federal norte-americana, Lucy Koh, decidiu que o processo coletivo que denuncia as políticas de rastreamento pode prosseguir.

A empresa havia entrado com recurso na justiça para arquivar o caso, justificando que a guia anônima exibe um aviso de que as atividades dos usuários continuariam visíveis para os sites acessados. No entanto, o pedido não foi aceito. "O tribunal conclui que a empresa não notificou os usuários de que o Google se envolve na suposta coleta de dados enquanto o usuário está no modo de navegação privada", escreveu Koh. Se perder, a Google deverá pagar US$ 5 bilhões (cerca de R$ 28 billhões, na conversão atual) pelas falhas de privacidade do Chrome.

Mensagem exibida para o usuário ao acessar o guia anónimo.


O caso ganhou maior repercussão no ano passado com denúncias de três pessoas que afirmavam que a empresa coletava dados dos usuários mesmo em guias anônimas. O processo afirma que o rastreamento viola as leis federais naquele país, de escuta telefônica.

A empresa, por outro lado, afirma que irá se defender "vigorosamente" contra as acusações. “O modo de navegação anônima no Chrome oferece a opção de navegar na internet sem que sua atividade seja salva no navegador ou dispositivo. Como afirmamos cada vez que você abre uma nova guia anônima, os sites podem coletar informações sobre sua atividade de navegação durante a sessão”, afirma o porta-voz do Google, Jose Cataneda, ao Bloomberg. Além disso, a gigante das buscas anunciou que pretende eliminar cookies de terceiros que auxiliam anunciantes no controle de atividades dos usuários.



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